Dados do Trabalho

Título

CESARIANA PELO FLANCO EM EQUINO DA RAÇA PONEI: RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

Em éguas a distocia acontece em cerca de 1% dos partos, dependendo da raça. Pelves estreitas que não permitem a realização das manobras e de fetotomias podem indicar a realização da cesariana. O acesso cirúrgico mais utilizado é a celiotomia mediana ventral, mas outros acessos como laparotomia paramediana e pelo flanco são descritos. Uma equino fêmea, da raça pônei brasileiro e cinco anos apresentou um quadro de distocia onde o potro estava em apresentação posterior com a cauda exposta. Após as manobras obstétricas verificou-se a inviabilidade fetal. Devido ao canal do parto estreito, indicou-se a cesariana. Após discussão com o proprietário, foi descrita impossibilidade de encaminhamento e foi proposta a cesariana na propriedade e, sabendo dos riscos, foi autorizado o procedimento. Realizou-se epidural com morfina e lidocaína, além de sedação com detomidina e indução anestésica com quetamina e midazolam, enquanto o decúbito foi mantido em “triple drip”. A anestesia local foi realizada em “L invertido” somado à anestesia local infiltrativa na incisão. Foi realizada a laparotomia pelo flanco com técnica antisséptica e o útero foi exposto após a identificação dos membros pélvicos. Após a incisão uterina foi feita a retirada do feto. O útero foi fechado em padrão duplo invaginante. Foram administrados ceftiofur, AINES e prócinéticos. O equino se recuperou bem da anestesia e foram realizadas lavagens uterinas pós-operatórias, sem complicações. A cesariana através da laparotomia pelo flanco ocorreu de forma satisfatória e foi realizada em decúbito lateral apenas pela dificuldade devido à altura do animal.

Palavras-chave

cesariana, cirurgia, flanco, equino.