Dados do Trabalho

Título

ARTERIORRAFIA DE ILIACA INTERNA APOS LACERAÇAO IATROGENICA SECUNDARIA A CISTOCENTESE ECOGUIADA EM CAO

Resumo para avaliação

Um cão macho de 5 anos de idade de 8,3kg, durante cistocentese ecoguiada para exames de rotina, se movimentou no momento da punção, sendo imediatamente observado presença de sangue na amostra. Realizado exame Fast Abdominal, confirmando presença de líquido livre, paciente apresentou rápido declínio do nível de consciência, mucosa hipocorada e hipotensão, evoluindo para choque hipovolêmico. O Mesmo foi submetido a laparotomia exploratória onde foi identificado aproximadamente 200 ml de líquido hemorrágico na cavidade e presença de extensa área de hematoma em região retroperitoneal direita, da porção dorsal da bexiga até a porção cranial do rim direito. Após divulsão de retroperitônio para acesso a fossa paralombar direita, foi evidenciado laceração medial de aorta abdominal em ramificação ilíaca interna direita de aproximadamente 1,5 cm. Realizado clampe arterial através do torniquete de Rummel, a síntese vascular ocorreu por meio de sutura padrão contínua simples com fio polidioxanona 5-0. Devido ao difícil acesso e isolamento, o clampeamento total da aorta foi de 14 minutos, o paciente retornou da anestesia com nível de consciência alerta, entretanto apresentou síndrome de reperfusão no pós-operatório imediato, sendo encaminhado para unidade de terapia intensiva, tendo alta após 15 dias de internação. Conclui-se que a cistocentese apesar de ser um procedimento minimamente invasivo está susceptível a complicações. Conclui-se ainda, que uma oclusão vascular prolongada é possível e o desfecho favorável do caso está atribuído ao reconhecimento imediato do problema com rápida intervenção cirúrgica, relatos de caso de ruptura de aorta decorrentes de complicações iatrogênicas por cistocentese são pouco descritas.

Palavras-chave

Cirurgia Vascular, Emergência, Hemorragia, Ultrassom