Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DA OZONOTERAPIA TOPICA EM ENXERTOS CUTANEOS AUTOLOGOS EM RATOS WISTAR
Resumo para avaliação
O enxerto de pele consiste na transferência um segmento de tecido cutâneo de área doadora para o leito receptor. O enxerto não possui pedículo vascular, o mesmo deve adquirir novo suprimento sanguíneo no leito receptor, a fim de manter a viabilidade celular e tecido de granulação viável, maximizando a possibilidade de integração do enxerto ao leito receptor. A ozonoterapia estimula o organismo a produzir substâncias antioxidantes num ambiente oxidativo, melhorando a oxigenação dos tecidos, estimulando a circulação sanguínea, entre outras. Objetivou-se com o presente estudo avaliar a ozonoterapia tópica utilizando o óleo de girassol ozonizado e o gás de ozônio isolados ou combinados, em enxertos cutâneos autólogos, justificando a necessidade de se utilizar terapias integrativas com efeitos colaterais mínimos na Medicina Veterinária. Os resultados servirão para determinar novos protocolos de uso da ozonoterapia tópica em enxertos cutâneos não contaminados em cães e gatos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da FMVZ – UNESP (Botucatu) (Protocolo nº. 0261/2018). Foram utilizados 60 ratos Wistar adultos, hígidos, massa corpórea entre 300 e 350 gramas. Duas feridas de 3 cm de diâmetro foram realizadas na região torácica dorsal (leito receptor) e lombar (leito doador), sob anestesia, utilizando o “punch” metálico. Os ratos foram divididos, aleatoriamente, em quatro grupos de 15 animais, de acordo com o tratamento: G1 - solução salina (0,9%) tópica, G2 - óleo de girassol ozonizado tópico; G3 - gás ozônio (10 µg/mL) [via subcutânea (SC)]; G4 - óleo de girassol ozonizado (tópico) associado ao gás ozônio (10 µg/mL) (SC). Os tratamentos iniciaram após a recuperação anestésica, e duraram 25 dias. As aplicações da solução salina (0,9%) e do óleo de girassol ozonizado foram realizadas a cada 24 horas e o gás ozônio a cada sete dias. As variáveis analisadas incluíram avaliação macroscópica e avaliação histológica, em três momentos: sete, 14 e 25 dias após a realização do enxerto. Não foi identificada presença de necrose, contaminação ou deiscência de suturas em nenhum dos grupos. Os enxertos de todos os grupos não demonstraram aderência no leito receptor em nenhum dos momentos avaliados, porém, os enxertos dos grupos G2, G3 e G4, ilustraram intensa presença de tecido de granulação, sendo mais expressivo nos grupos tratados com o óleo de girassol ozonizado isolado e associado ao gás de ozônio. Concluiu-se que a ozonoterapia tópica não foi eficaz em enxertos cutâneos autólogos de ratos Wistar hígidos adultos.
Palavras-chave
cirurgia reconstrutiva, gás ozônio, óleo de girassol, vascularização
Área
Novas Terapias
Instituições
UNESP - São Paulo - Brasil
Autores
Ivan Felismino Charas Santos, Thais Hamae Sato, Paulo Vinicius Abbade Moreira Souza, Sheila Canevese Rahal, José Ivaldo Siqueira Silva Junior, Bruna Martins Silva, Alexandre Hataka, Adison Rodrigues Graciliano, Mauricia Elaine Pereira Souza, Sarha Jane Evangelista Moura, Kezia Coelho Maciel