Dados do Trabalho

Título

CASUISTICA DE AFECÇOES ORTOPEDICAS EM CAES E GATOS DE ORIGEM TRAUMATICA NO MUNICIPIO DE BOA VISTA – RR

Resumo para avaliação

O objetivo deste estudo foi agrupar dados clínico-ortopédicos de afecções traumáticas em cães e gatos, que ocorreram no período de 2011 a 2017 em duas clínicas veterinárias na cidade de Boa Vista – RR. Foram obtidas um total de 108 fichas, sendo 86 caninos e 22 felinos, entre machos e fêmeas. Fraturas apendiculares foram as alterações traumáticas mais observadas. Quando compreendemos o total de fraturas, independente da sua etiologia, o fêmur foi o osso mais afetado chegando a 38,54% dos casos. Já quando associamos as fraturas de cães à acidentes automobilísticos, tíbia e fíbula foram os ossos mais atingidos, totalizando 31,57%, seguidos do fêmur com 30,26%, radio de ulna com 15,78%, pelve e úmero, ambos com 10,52%, e fraturas distais ao carpo e tarso 1,31%. Entre os felinos, o fêmur foi o osso mais acometido, apresentando 70% dos casos, seguido por tíbia e fíbula (20%) e pelve (10%). No caso de luxações de origem traumática de cães e gatos, foram observados 17 casos, no qual 64,7% consistiram em luxação coxofemoral, 23,52% luxação da articulação escapuloumeral, 5,88% luxação patelar e 5,8% luxação tibiotársica. Neste estudo, a etiologia de fraturas por acidente automobilístico foi a mais notificada, onde em 56,66% dos casos houve fratura de fêmur, seguido por pelve (13,33%), tíbia e fíbula (13,33%), úmero (8,33%) e rádio e ulna (6,66%). Foi contabilizada somente uma fratura distal ao carpo (1,66%). Ainda no quesito acidente automobilístico, animais machos (cães e gatos) representaram 72,22% dos casos. Houve pouca incidência de acidentes domésticos como mordeduras ou chutes. No quesito padrão racial, cães sem raça definida foram de maior prevalência (52,32%), seguido da raça Poodle (10,46%), Pinscher (9,3%), Dachshund (8,13%), Pastor Alemão (4,65%), Pitbull (2,32%), Rottweiler (2,32%) e Labrador (2,32%). Outras raças (Boxer, Husky Siberiano, Fox Paulistinha, Maltês, Bull terrier, Yorkshire e Shih-tzu) foram contabilizadas apenas uma vez. A idade comumente observada nos traumas ortopédicos foi entre os animais jovens, classificados como filhotes de até um ano de idade (51,19%) e adultos jovens de até três anos (29,76%). Os animais de porte miniatura (até 6kg) foram os mais contabilizados (60,75%). A classe de animais pequenos (6kg a 15kg) chegou a 18,98%, médio porte (15kg a 25kg) 16,45% e grande porte (25kg a 45kg) 3,79%. Não foi verificado cães de porte gigante (acima de 45kg). Conclui-se que o sistema apendicular foi o mais afetado por fraturas, onde os acidentes automobilísticos tiveram maior influência sobre as estatísticas.

Palavras-chave

Trauma. Estudo retrospectivo. Ortopedia. Canino. Felino.