XIV Congresso de Cirurgia Veterinária e IV Congresso Internacional do CBCV

Dados do Trabalho


Título

OSTEOTOMIA DE NIVELAMENTO DO PLATO TIBIAL MODIFICADA ASSOCIADA A PROTESE TROCLEAR EM CANINO - RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

A luxação de patela é uma das principais enfermidades osteoarticulares descrita na rotina cirúrgica de animais de companhia, cujo tratamento difere de acordo com a o grau da luxação baseando-se nas alterações musculoesqueléticas e clínicas apresentadas por cada paciente. É frequentemente documentada em cães de pequeno porte associada a insuficiência e foi relatada comumente ocorrendo com a ruptura do ligamento cruzado cranial. O desalinhamento do mecanismo do quadríceps com subsequente luxação de patela aumenta o estresse no ligamento cruzado cranial, podendo promover degeneração e ruptura. Foi atendido na Clínica Ortopedia Veterinária - Dr. Eloy Curuci e Equipe um cão, Yorkshire, fêmea, de sete anos apresentando impotência funcional do membro pélvico esquerdo, iniciado há um dia, ao exame físico observou-se luxação medial de patela grau II e ruptura total do ligamento cruzado cranial. Nos exames complementares de radiografia e tomografia computadorizada, observou-se lesão troclear grave e torção externa da tíbia em 7°. Deste modo, instituiu-se como tratamento a associação da técnica de osteotomia de nivelamento do platô tibial modificada e a substituição troclear total por prótese. O planejamento da TPLO modificada foi realizado através dos aplicativos vPOP PRO®, e Horos View®. O ângulo do platô tibial (TPA) foi mensurado, sendo este de 31°, a lâmina escolhida foi a nº 10mm e o giro obtido foi de 4,5mm. Com o planejamento da TPLO modificada realizado, foi adicionado a ele, a prótese troclear escolhida de número 2 (Patellar Groove Replacement® - KYON). As radiografias pós-operatórias revelaram correção da torção externa de tíbia, com TPA final entre 5º e 6,5º e translação lateral do fragmento tibial distal. A patela ficou posicionada sobre o novo sulco protético e alinhada com a crista tibial. Quinze dias após o procedimento cirúrgico, foi realizada a retirada dos pontos, com cicatrização total da pele, sem nenhuma complicação. Na quarta semana de pós-operatório observou-se início de consolidação óssea na linha de osteotomia, implantes estáveis, sem sinal de inflamação, dor ou infecção no local cirúrgico. Na oitava semana de pós-operatório, o animal apresentou consolidação óssea total na linha de osteotomia, implantes estáveis, sem sinal de dor, e apoio total do membro. O tratamento permitiu o nivelamento do platô tibial, realinhamento do mecanismo extensor do quadríceps e manutenção permanente da patela sobre o sulco troclear protético com retorno funcional precoce do membro, ausência de dor e claudicação.

Palavras-chave

Palavras-chave: Artroplastia de joelho, Cão, Desvio angular, Deformação óssea

Área

Ortopedia

Instituições

UNIBAVE - Santa Catarina - Brasil

Autores

Mariana Levati Tournier, Eloy Henrique Pares Curuci, Murilo Henrique Dias Silva , Camila Candello Notaro, Débora Maria Marques Callado