XIV Congresso de Cirurgia Veterinária e IV Congresso Internacional do CBCV

Dados do Trabalho


Título

ENFISEMA SUBCUTANEO ASSOCIADO A TRAUMA CRANIANO EM CAO - RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

O enfisema subcutâneo é uma condição rara de infiltração de ar de maneira não convencional no animal, se acumulando entremeado ao tecido subcutâneo. Pode ser ocasionado por traumas, pneumotórax, pneumomediastino, procedimentos invasivos ou de maneira idiopática, sendo generalizado ou não. A região cervical e a torácica são as mais comuns de serem atingidas, porém pode acometer qualquer região. Tende a ser uma afecção autolimitante, mas por causar algesia intensa no animal, é recomendado ser tratado.
O objetivo do trabalho é relatar o caso de um canino que apresentou enfisema subcutâneo associado a trauma craniano. O paciente da raça Daschund, não castrado, 16 anos e 6 kg chegou com a região cervical edemaciada, os parâmetros fisiológicos estavam normais e não tinha queixa de trauma, por isso a possibilidade de laceração traqueal foi excluída e a primeira suspeita clínica foi puliciose ou reação alérgica a coleira anti pulgas. Foi administrado 0,1 mL/kg subcutâneo de Benzilpenicilina Procaína + Benzilpenicilina Benzatina + Diidroestreptomicinae 0,3 mg/kg de Dexametasona via oral ainda na consulta, para casa foi recomendado o uso de Amoxicilina com Ácido Clavulânico 20mg/kg BID durante 10 dias e Prednisona 1mg/kg BID durante 3 dias, depois SID por 3 dias.
Após 5 dias o animal retornou, com diminuição do edema e para a realização de radiografia craniana, onde mostrou muito ar livre no subcutâneo e um pequeno orifício no osso temporal. Subsequente a isso, o paciente foi sedado para a correção cirúrgica. Inicialmente, foi drenado o excesso de ar livre para permitir a correta localização do orifício (à direita da sutura interfrontal) e então, o defeito cutâneo foi ampliado. Divulsionou-se o tecido subcutâneo da região para expor o orifício e para o selamento da descontinuidade óssea, foi preparada uma placa de resina de metilmetacrilato e colocada na falha óssea. No fechamento do tecido subcutâneo foi utilizado poliglactina 910 4-0 em pontos isolados simples e na pele foi utilizado nylon 3-0 também com pontos isolados simples.
A resolução foi instantânea e no pós-cirúrgico, foi feito apenas uma bandagem compressiva na região da cabeça do animal e após 15 dias, os pontos foram retirados sem apresentar outras intercorrências.

Palavras-chave

fratura; perfuração craniana; tumefação

Área

Cirurgia Geral

Instituições

Universidade Tuiuti do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Carolina Almeida Ribeiro, Matheus Barbosa Gomes Cruz