Dados do Trabalho
Título
DESAFIOS NOS MODELOS EXPERIMENTAIS DE DEFEITOS OSSEOS MONOCORTICAL DE 1.2MM EM TIBIAS DE RATAS OVARIECTOMIZADAS
Resumo para avaliação
Uma linha de pesquisa atual e em evidência dentro da engenharia de tecidos é a busca de técnicas para regeneração de perdas ou defeitos em tecido ósseo. O reparo de defeitos é um bom modelo para o estudo da regeneração do osso e possui grande semelhança com o reparo primário ou direto de fraturas (Prado et al, 2006). As complicações mais relatadas na execução de defeitos de variados tamanhos, são as fraturas em decorrência da fragilidade gerada pelo defeito ósseo. Este trabalho tem por objetivo relatar as dificuldades encontradas nos modelos experimentais de defeitos ósseos monocorticais de 1.2mm em tíbias de ratas. O estudo utilizou 84 ratas da espécie rattus norvergicus da linhagem wistar com 120 dias de vida, ovariectomizadas e peso médio de 190g. Os defeitos foram realizados utilizando-se técnica de perfuração em na face medial da tíbia esquerda, através de incisão com uso de bisturi n.12, seguido de divulsão até atingir o periósteo. A perfuração óssea foi realizada com uso de broca carbide 1.2mm tendo-se como referência a distância média entre o ligamento colateral medial e a crista da tíbia, utilizando-se o canal medular como limite de perfuração. Os planos foram suturados com uso de poliglecaprone 4-0 em musculatura com pontos colchoeiro cruzado e em pele com sutura intradérmica. Os animais foram observados durante a recuperação anestésica e diariamente por uma semana. Os mesmos foram eutanasiados no período de 7 e 14 dias com o objetivo de avaliar se houve completa regeneração óssea através da análise histológica por coloração de HE. Não foram observadas nenhuma alteração clínica pelo modelo proposto como claudicação, fraturas, hematomas, sangramento ou dificuldade de cicatrização de tecidos moles. A grande dificuldade encontrada foi durante a confecção das lâminas, dificultando a localização das lesões em 60 amostras utilizando-se o corte transversal. Diante da dificuldade, foram realizados os cortes longitudinais das outras 24 amostras, sendo identificados 19 cortes histológicos. Na histologia foi possível visualizar o preenchimento dos defeitos com tecido conjuntivo, células inflamatórias e trabéculas ósseas imaturas. Através dessas análises, foi possível verificar que em nenhum dos períodos de 7 ou 14 dias houve regeneração completa do defeito. O estudo sugere o corte longitudinal como uma das possibilidades de aumentar a visualização dos defeitos ósseos, ou a sugestão da utilização de biomarcadores para facilitar a identificação das lesões durante o processamento das amostras.
Palavras-chave
defeito ósseo, ratas ovariectomizadas, histologia.
Área
Novas Terapias
Instituições
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Mato Grosso do Sul - Brasil
Autores
Diogo Mayer Fernandes, Larissa Correa Hermeto, Vivienne Ribeiro Reis