11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

UTILIZAÇÃO DE ESCALA DE DOR EM PÓS-OPERATÓRIO DE OVINOS SUBMETIDOS À OSTECTOMIA PARCIAL DE TÍBIA

Resumo para avaliação

O baixo número de estudos e publicações sobre dor em ruminantes dificulta o estabelecimento de formas de avaliação, dos limites de utilização de analgésicos e até mesmo dosagem para a espécie em questão. No que se refere a este tema, estudos vêm sendo realizados com objetivo de tornar a avaliação de dor em ruminantes mais precisa e fidedigna, para posterior tratamento analgésico tanto no trans como no pós-operatório. Silva et al. [2] desenvolveram uma tabela aplicável (USAPS- Unesp Botucatu Sheep Pain Scale) de quantificação de dor para avaliação e tratamento de ovinos em pós-operatórios. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética de Utilização de Animais FMVZ-USP sob Nº 2958110219. Doze ovinos, fêmeas, hígidas, de seis anos, da raça Suffolk foram submetidas experimentalmente à ostectomia parcial de tíbia (3cm), estabilizada com placa bloqueada e preenchida com biomaterial à base de nanotubo de carbono, hidroxiapatita e quitosana. Como medicação pós-operatória foram utilizados cloridrato de tramadol (3 mg/kg), fenilbutazona (4 mg/kg, IV, SID) e dipirona (25 mg/kg, IV, TID) por três dias. Caso os animais necessitassem de resgate analgésico utilizou-se sulfato de morfina (0,2 mg/kg, IV). Os animais foram mantidos estabulados em duplas, com penso rígido e examinados diariamente, no pós-operatório, por quinze dias. E avaliados duas vezes ao dia, por três dias, utilizando a escala desenvolvida por Silva e colaboradores [2]. As variáveis observadas na escala incluíram: interação, locomoção, posicionamento da cabeça, postura, atividade e apetite. Estes quesitos somavam pontos, e, segundo a recomendação descrita, os animais deveriam ser medicados quando a pontuação atingisse quatro pontos. Apenas três dos doze animais apresentaram escore superior a quatro pontos nos três dias pós-operatórios. Este escore observado foi compatível com o horário das medicações, e assim que medicados, os escores normalizavam. Frente as observações realizadas e os resultados obtidos conclui-se que a escala foi útil na avaliação da dor pós-operatória nos ovinos submetidos à ostectomia, auxiliando o planejamento e ação do protocolo analgésico destes animais. Desta forma, sugere-se a aplicação desta escala em situações onde há necessidade de avaliação do nível álgico, pois neste estudo a mesma contribuiu para o bem estar dos animais, estando de acordo com as boas práticas de experimentação animal preconizadas mundialmente.

Palavras-chave

osteossíntese, falha óssea, algia

Área

Bem estar animal

Instituições

FMVZ-USP - São Paulo - Brasil

Autores

Danielli Cristinne Baccarelli Silva, Thamires Shizue Panassol Mizobe Koga, Grazieli Cristina Monteiro Silva, Marilia Nunes Cardoso, Silvia Renata Gaido Cortopassi, Geissiane Moraes Marcondes, Lorena Oliveira Pereira, André Luis do Valle Zoppa