11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

USO DE RETALHO CUTÃNEO DE PADRÃO AXIAL DA ARTÉRIA BRAQUIAL NO TRATAMENTO DE FERIDA CRÔNICA EM COTOVELO: RELATO DE CASO EM CÃO

Resumo para avaliação

As lesões na derme são frequentes na rotina clínica e cirúrgica de pequenos animais, possuindo etiologia multifatorial. Feridas cutâneas crônicas são lesões de difícil cicatrização quando em extremidades de membros, cotovelo e locais de apoio. Necessitam de curativos diários e gastos elevados quando mantido um tratamento conservador. O cotovelo trata-se de uma área de intensa mobilidade, com escassez de pele nas extremidades, sendo que lesões nesta região tem um diâmetro desfavorável ao fechamento primário da pele. Este trabalho relata sobre um paciente canino, macho, 30kg, com 8 anos, SRD, que foi atendido apresentando uma ferida crônica no cotovelo esquerdo, decorrente de um trauma por atropelamento. A ferida se manteve aberta por oito meses, sem sucesso no tratamento medicamentoso e curativos. Após reavaliação clínica e constatado que o exame histológico da lesão foi negativo para neoplasma, como já existia tecido de granulação na ferida, foi proposta uma plástica reconstrutiva para fechar a pele, aplicando um retalho dérmico em padrão axial da artéria braquial do membro esquerdo. Para confecção do retalho em centro cirúrgico foi demarcada a área doadora com caneta cirúrgica, com duas linhas paralelas ao corpo do úmero, convergindo no tubérculo maior. Em seguida foi feita à dissecação cautelosa da pele, com tesoura de metzenbaum, a fim de não lesionar a angiossoma e preservar a artéria braquial com as suas ramificações. Foi realizado o avanço do retalho lateralmente em ângulo de 120º, recobrindo a região lesada do cotovelo. As bordas da ferida da região receptora foram debridadas e para fixar o flap foi utilizado uma sutura continua simples nas bordas subcutâneas com fio de poliglecaprone 5.0, seguida de dermorrafia com fio de nylon 3.0. padrão simples separado. Os curativos e bandagens foram aplicados no membro, protegendo o cotovelo por 15 dias. Com 20 dias os pontos da pele foram removidos, com total cicatrização do retalho a área doadora e resolução do caso clínico cirúrgico.

Palavras-chave

Flap, reconstrutiva, canino

Área

Cirurgia

Instituições

UEG - Goiás - Brasil

Autores

LUCIANO SCHNEIDER SILVA, CARLOS EDUARDO EMÍDIO SILVA, SABRINA OLIVEIRA GONTIJO, VANESSA GONÇALVES ANDRADE, ÍVINA MYRELLE SANTANA OLIVEIRA, AMANDA PEREIRA RODRIGUES, Marcelo Augusto Vargas Moraes, JORDANNA AFONSO MENDES FERREIRA