11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

ESCAPULECTOMIA SUBTOTAL NO TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA EM CADELA. RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

O Osteossarcoma (OSA) é uma neoplasia maligna representando 85% dos casos dos tumores ósseos. Ele pode acometer tanto o esqueleto apendicular ou axial, e o sarcoma osteogênico em região escapular é pouco frequente, equivalendo a apenas 14,3% dos casos. Os sinais clínicos que englobam tal afecção são variados e particulares de cada animal e dependem da sua localização, mas na maioria é relatado aumento de volume no local acometido, claudicação ou impotência funcional e dor. Quando diagnosticado as formas de tratamento são baseadas em quimioterapia, amputação do membro acometido ou técnicas de preservação do mesmo (limb-sparing).
Foi atendida uma cadela SRD, fêmea, de porte médio com claudicação esporádica em membro torácico direito com evolução de aproximadamente 2 meses. Ao exame físico notou-se aumento de volume de consistência firme em região de escapula com sensibilidade dolorosa na palpação profunda. No exame radiográfico em projeção latero-lateral visibilizou-se área com lesão óssea agressiva, na margem dorsal e corpo da escápula, lítica e proliferativa com reação periosteal sugestiva de neoplasia, não havia indícios de metástase pulmonar. Na sequência foi realizada biópsia incisional com resultado de neoplasia mesenquimal maligna compatível com osteossarcoma (OSA). Infelizmente a paciente também apresentava artrose acentuada no cotovelo esquerdo, diagnosticada há 18 meses, e desta maneira a amputação deste membro acometido pelo osteossarcoma seria contraindicada. Com o diagnóstico da artrose no membro esquerdo e pela localização da neoplasia no direito optamos pela escapulectomia parcial com preservação da articulação glenoumeral. Foi realizado o acesso lateral à escapula e feita a transecção óssea com serra oscilante aproximadamente 3 cm acima da cavidade glenoide. Foi realizado o fechamento da musculatura da região de maneira a manter a articulação do ombro em sua posição anatômica normal. A paciente recuperou-se muito bem, sem intercorrências no pós-operatório, com deambulação praticamente normal e livre de dor após 40 dias do procedimento cirúrgico. Foi feita quimioterapia metronômica e a cadela encontra-se livre da doença há 12 meses com o apoio normal dos quatro membros.

Palavras-chave

cão, escapulectomia, artrose, neoplasia, osteossarcoma

Área

Cirurgia

Instituições

ORTOPAK - Minas Gerais - Brasil

Autores

JUAN HENRIQUE FERREIRA NÓBREGA, HENRIQUE CRUZ VELOSO, PATRÍCIA POPAK, LEONI MOSSIGNATO, HUGO FERREIRA, MARCELLA MONTANARI