Dados do Trabalho

Título

TRANSPOSIÇÃO URETRAL PRÉ-PUBICA COM SECÇÃO PENIANA EM UM CANINO

Resumo para avaliação

AREA: CIRURGIA

TRANSPOSIÇÃO URETRAL PRÉ-PUBICA COM SECÇÃO PENIANA EM UM CANINO

SILVA CQ¹; NOGUEIRA FS² 1. Oficial Veterinário cirurgião contratado pelo Hospital Veterinário Mundo Animal em Andradina-São Paulo. (e-mail: silva_123@outlook.com.br) 2. Socio proprietário do Hospital Veterinário Mundo Animal

Traumas resultando em ruptura da uretra pélvica em cães machos é uma afecção cirúrgica de difícil acesso, comumente necessitando de ressecção parcial óssea do púbis para melhor manipulação, principais complicações pós-operatória é estenose uretral, diante disto este trabalho tem o objetivo de relatar um caso de transposição uretral pré-púbica com secção peniana no tratamento de ruptura da uretra pélvica. Encaminhado ao Hospital Veterinário Mundo Animal na cidade de Andradina-São Paulo um macho, canino, castrado, da raça dachshund , 2 anos de idade, com histórico de trauma automobilístico, foram solicitados hemograma, perfil bioquímico completo, raio-x e ultrassom abdominal, após os resultados paciente encaminhado para celiotomia exploratória. Paciente preparado e após antissepsia o procedimento começou com uma incisão retro umbilical lateral ao pênis, acesso a linha alba e incisão, com acesso a cavidade abdominal visualizou grande quantidade de líquido livre e peritonite, foi identificado o ponto de ruptura na uretra prostática e fragmentos ósseos do púbis, levando em consideração os fragmentos ósseos e disjunção sacro-ilíaca, fratura de púbis e fêmur foi optado por um desvio uretral começando com secção da uretra a 0,5 cm da próstata e retirada da mesma, divulsão do pênis e região pré-escrotal identificando a uretra seccionada a 2 cm do osso peniano preservando as artérias e veias dorsais do pênis e os vasos prepuciais, espatulação da uretra do corpo esponjoso para criar uma compatibilidade entre as bordas a ser suturadas, realizado sondagem através do pênis com sonda de foley em sentido a vesícula urinaria para facilitar a anastomose com fio poligrecaprone 6-0 com primeiro ponto posicionado às doze horas e distribuído até que o último ponto fosse posicionado em seis horas e aposição das bordas, realizado teste de extravasamento com solução salina 0,9% aquecida e inflado o balão da sonda e ometalização no local da rafia. Prosseguindo para celiorrafia convencional. No pós-operatório paciente permaneceu de sonda uretral durante 5 dias e acompanhamento com ultrassom o mesmo sem nenhuma alteração, após 15 dias paciente sem nenhum sintoma e com controle da micção alternando entre gotejamento e leves jatos. Conclui-se que a transposição uretral é uma alternativa cirúrgica viável em ruptura da uretra pélvica em cães machos.

Palavras-chave

obstrução, ruptura, urologia