11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

IMPLANTAÇÃO DE PRÓTESE DE BICO EM TUCANO TOCO (Ramphastos toco) COM FRATURA DE GNATOTECA

Resumo para avaliação

Os ranfastídeos de vida livre são suscetíveis a traumatismos oriundos por choques mecânicos, quedas e agressões podendo gerar fraturas, sendo decorrentes de interações antrópicas diretas ou indiretas. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi relatar a implementação de prótese em gnatoteca em um Tucano toco com lesão traumática. Foi atendido um espécime de Ramphastos toco, destinado por órgão ambiental com fratura de segmento distal médio de 3,5cm de gnatoteca, impactando na apreensão de alimentos. Após a avaliação física foram realizados exames complementares, sendo instituído o tratamento de confecção e implantação de uma prótese de acrílico, via procedimento cirúrgico. Para a confecção da prótese foi feita a moldagem com silicone na gnatoteca distal fraturada e região oclusal. Com o objetivo da prótese preservar a anatomia funcional do bico, a moldagem de silicone foi vazada com gesso tipo IV e após a secagem do gesso, foi esculpido a mão com cera para a transformação do enceramento em acrílico. Em seguida, o enceramento foi protegido com silicone e inserido na base da mufla (recipiente metálico) com gesso comum. A eliminação da cera foi realizada com água quente, ocasionando um espaço para a inserção do acrílico. Para o processo de polimerização a técnica utilizada foi a termopneumática e realizado o método de demuflagem. O acabamento foi feito a partir de brocas, fresas, lixas, borrachas e o polimento. Para a implantação da prótese, o animal foi submetido a procedimento cirúrgico mediante protocolo anestésico com cetamina (20 mg/kg), midazolam (0,5 mg/kg) e tramadol (20 mg/kg) por via intramuscular e mantido a anestesia inalatória de Isoflurano vaporizado em 100% de oxigênio. Para a fixação da prótese, as perfurações na gnatoteca foram feitas anguladas 45 a graus, mediante uso de brocas de 1.5mm e inserido 4 parafusos de 2mm, sendo dois de cada lado do bico. Na recuperação do paciente não foram observadas intercorrências e foi observado retorno de função imediata do bico com implante. Apesar da ave não voltar para a natureza, foi observado grande eficácia na adaptação da melhora sobre a ingesta de alimentos do animal em cativeiro, sendo considerado sucesso do tratamento.

Palavras-chave

Ortopedia e traumatologia, Ramphastidae, silvestres

Área

Animais silvestres e exóticos

Instituições

UniRitter - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Bruna Zafalon-Silva, Pamela Quadros, Victoria Regina Schmidt, Mariana Ferreira Feyh, Jessica Felisberto Aguiar, Lisandro Souza Mattei, Carine Corsini, Raqueli Teresinha França