11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

USO DA MEMBRANA DE COLÁGENO NÃO DESNATURADO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS INDUZIDAS EXPERIMENTALMENTE EM RATOS WISTAR

Resumo para avaliação

A pele desempenha funções vitais, incluindo regulação de fluidos e temperatura. Portanto, a capacidade de reparo tecidual é considerada um fator de sobrevivência na natureza. A cicatrização de feridas cutâneas ocorre em fases bem distintas, sendo elas: hemostasia, inflamação, proliferação, neovascularização, reepitelização e remodelamento. Tratamentos incluem desbridamento, antibioticoterapia e curativos oclusivos para manter um ambiente úmido. O colágeno tipo II não desnaturado (UC-II) apresenta propriedades físico-químicas capaz de promover a reepitelização e formação de tecido de granulação. O estudo teve como objetivo avaliar o efeito da membrana de colágeno não desnaturado (UC-II) na cicatrização de feridas cutâneas em ratos Wistar. Trabalho aprovado pela comissão de ética registro CEUA/UFU 020/20. Foram utilizados 54 ratos Wistar. Os animais foram divididos em três grupos com 18 animais cada: controle (C), tratado com água ultrapura (CP) e tratado com membrana de UC-II (T). Após a criação de lesão cutânea no dorso de 7,5mm de diâmetro, cada grupo foi subdividido em 3 subgrupos e analisados aos 5, 10 e 15 dias. O grupo T recebeu curativo oclusivo diária de membrana de UC-II, grupo CP limpeza água ultrapura e o C nenhum tipo de tratamento. Os tecidos foram coletados e analisados histologicamente após os respectivos períodos de analises. Os resultados mostraram que o grupo UC-II teve uma cicatrização mais acelerada, com reepitelização rápida e redução do infiltrado linfoplasmocitário, comparada aos demais grupos, e ausência de crosta. A membrana de UC-II favoreceu a cicatrização, promovendo desenvolvimento epitelial precoce, fibras de colágeno densas e queratinização. Isso indica sua eficácia na promoção da reepitelização. A membrana de UC-II também substituiu a crosta natural, agindo como barreira física e auxiliando na cicatrização. A redução precoce do infiltrado linfoplasmocitário no grupo UC-II sugere uma progressão mais rápida da fase inflamatória, indicando uma cicatrização mais acelerada. Os resultados sugerem que a membrana de UC-II foi eficaz na aceleração do processo de cicatrização de feridas cutâneas em ratos, promovendo reepitelização precoce e redução da inflamação. Esses achados confirmam a capacidade do colágeno em promover a reepitelização e formação de tecido de granulação, somada ainda a vantagem da ausência de efeitos adversos.

Palavras-chave

Reepitelização, colágeno, manejo de feridas

Área

Dermatologia

Instituições

Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais - Brasil

Autores

Isabele Yukie Akiba, Gabriel de Moura Kayano, Camila Oliveira Melo, Matheus Matioli Mantovani, Marcio Barros Bandarra, Francisco Cláudio Dantas Mota