11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

RESULTADOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS DA REDUÇÃO DE FRATURAS UTILIZANDO HASTE BLOQUEADA EM 67 CÃES

Resumo para avaliação

As fraturas são parte significativa dos casos em clínica cirúrgica de pequenos animais,com intervenções cirúrgicas emergindo como opção principal para tratamento. Durante a cirurgia, é crucial alinhar e fixar os fragmentos ósseos, mantendo o fluxo sanguíneo e preservando tecidos moles adjacentes. As hastes intramedulares bloqueadas (HIB) micro movimentação benéfica ao foco de fratura, além de neutralizar as forças de flexão, torção e compressão axial. A técnica envolve a introdução da HIB no canal medular e fixação com parafusos. Objetivou-se com este estudo avaliar o tempo e o tipo de consolidação óssea, recuperação clínica e possíveis complicações com o uso de hastes bloqueadas na redução de fraturas. Neste estudo foram avaliados 67 cães com fraturas fechadas de fêmur, tíbia e úmero, tratados com HIB, por um período de 90 dias. Foram avaliados período e tipo de consolidação, tempo de apoio do membro após a cirurgia, função do membro aos 90 dias e complicações. Tempo de consolidação foi em média de 66 dias. O tipo de consolidação observado foi do tipo endocondral em 96% dos casos. O tempo de apoio após a cirurgia foi em média de 5 dias. Aos 90 dias 63% dos animais apresentaram deambulação normal e 33% claudicação leve. Estes resultados se devem provavelmente pela ação biomecânica da HIB, ao longo do eixo mecânico central do osso, preservando os conceitos de padrões biológicos de osteossíntese. Apesar da HIB neutralizar o foco da fratura a interface parafuso pino permite micromovimentos que estimulam formação de calo ósseo. A fixação óssea estável promovido pela HIB, dispensa a necessidade de penso, permitindo o apoio precoce, evitando desta forma atrofia dos grupos musculares, o que acelera a recuperação funcional do membro. Dois animais apresentaram claudicação grave pelo não sepultamento total da porção proximal da haste, o que gera dor e desconforto e o não apoio do membro. Três apresentaram o parafuso mais distal posicionado fora da haste, fato relacionado a limitação dos guias específicos para colocação das hastes que estão sujeitos a falhas. E em um paciente foi observado quebra do implante na porção distal, o que é raro, mais pode acontecer. De modo geral a maioria dos animais do presente estudo obtiveram bons resultados na regeneração óssea e no retorno normal à função do membro com o uso da haste intramedular bloqueada.

Palavras-chave

Cirurgia ortopédica; canino; osso

Área

Cirurgia

Instituições

Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais - Brasil

Autores

Marcella Dall'agnol Leite, Gabriel de Moura Kayano, Camila Oliveira Melo, Matheus Matioli Mantovani, Aracelle Elisiane Alves, Francisco Cláudio Dantas Mota