Dados do Trabalho
Título
Uretroplastia em Cadela após Ressecção de Leiomioma Perineal – RELATO DE CASO
Resumo para avaliação
DA SILVA, P.D.T.G.¹ CASTRO, S.I.², BARROS C.T.² RODRIGUES, A.S.³, MARTINS, D.³, 1 Professor da UPIS (m.v.paulodetarso@gmail.com), 2 Aprimorandas em cirurgia e anestesiologia do Hospital Veterinário UPIS , 3 Dicentes do curso de medicina veterinária da UPIS.
O leiomioma é uma neoplasia mesenquimal benigna que se origina a partir da musculatura lisa (1). Uma cadela da raça Schnauzer, inteira, 13 anos, foi atendida pelo no hospital veterinário UPIS em Planaltina-DF, devido ao aumento de volume em região perineal. Ao exame físico foi vizualizado uma massa medindo cerca de 8cm x 6cm, regular, bem delimitado e aderido. Iniciou-se o procedimento cirúrgico atraves de episiotomia seguida de divulsão ao redor da neoformação. Durante a remoção a massa delimitava as margens do óstio uretral externo, sendo necessário associar a técnica de uretroplastia. A reconstrução do óstio uretral foi realizada com fio sintético absorvível, poliglecaprone 25 5-0, seguida de colporrafia com fio sintético absorvível poliglecaprone 25 3-0. A episiorrafia foi realizada com fio sintético inabsorvível Nylon 3-0. Paciente permaneceu três dias internada para adequado controle analgésico. No dia anterior a alta, foi retirada a sonda uretral e observado micção espontânea. Realizado retorno 10 dias após o procedimento, com boa evolução da cicatrização, a retirada dos pontos cirúrgicos realizada 20 dias após, com completa cicatrização da ferida cirúrgica. Através do laudo histopatológico confirmou-se o diagnóstico de leiomioma, neoplasia mesenquimal mais comum em útero, vagina, compreendendo cerca de 85% dos casos de neoplasias vaginais. A literatura aponta que, a origem extraluminal da neoplasia é a mais plausível, devido seu crescimento em direção à região perineal da cadela, formato não pedunculado e crescimento lento. Apesar da característica benigna e prognóstico favorável dos leiomiomas, seu crescimento pode levar ao comprometimento uretral, sendo assim, a intervenção cirúrgica primordial para a qualidade de vida do paciente. Por conta da proximidade anatômica, a uretra pode estar aderida à massa tumoral, sendo necessária reconstrução da mesma, para assim respeitar a margem cirúrgica ampla durante a ressecção da neoplasia vaginal. Apesar do prognóstico favorável, o crescimento tumoral pode afetar a região uretral, sendo necessário associar técnicas como a uretroplastia para manutenção da qualidade de vida do paciente Os resultados obtidos no caso apresentado se mostraram satisfatórios, com pós- operatório com plena recuperação cirúrgica da paciente, não manifestando recidiva tumoral e com boa manutenção da diurese.
Palavras-chave
Palavras-chave: Cão; Episiotomia; Ováriohisterectomia; Neoplasia Vaginal; Uretra.
Área
Cirurgia
Instituições
União Pioneira de Integração Social - UPIS - Distrito Federal - Brasil
Autores
Paulo de Tarso Guimarães da Silva, Sarah Isidoro Castro, Alana Santos Rodrigues, Dionice Martins, Clara Teixeira Barros