Dados do Trabalho
Título
LEIOMIOMA DE ASSOALHO VAGINAL EM CADELA: ASPECTOS CLÍNICO-CIRÚRGICOS E DIAGNÓSTICOS
Resumo para avaliação
As neoplasias no trato genital de cadelas possuem pouca incidência na Medicina Veterinária, sendo consideradas raras. Entre as neoplasias uterinas e vaginais que acometem as cadelas, o leiomioma é o tumor mais frequente, representando 85-90%². No trato genital de animais, ele pode apresentar sinais clínicos variados, dependendo do tempo de evolução, de sua extensão e estado de saúde do paciente. Algumas cadelas podem ser assintomáticas, enquanto outras apresentam aumento de volume na região perineal, prolapso de tecido pela vulva, obstrução à cópula (fêmeas inteiras), descarga vulvar, disúria, polaciúria e até tenesmo¹, ². O diagnóstico do leiomioma pode ser obtido, inicialmente, por meio do exame físico, seguido da ultrassonografia e confirmação por análise histopatológica. Entretanto, neoplasias localizadas no canal vaginal são de difícil delimitação e exigem exames de imagem avançados, como a tomografia computadorizada¹. O presente trabalho tem como objetivo descrever um caso de leiomioma vaginal em uma cadela de 9 anos de idade, atendida na Clínica Veterinária Alexandre Fagundes localizada no município de Quatis, no estado do Rio de Janeiro. A neoformação, sugestiva de leiomioma, estava localizada na região do períneo e o proprietário queixava-se que o animal apresentava discreto aumento perineal e as fezes estavam em formato de fita. O paciente foi encaminhado para realização de tomografia computadorizada, essencial para avaliar a extensão da neoplasia e auxiliar no planejamento cirúrgico. Na tomografia observou-se uma massa medindo cerca de 9,61cm de altura, 20,22cm de largura e 8,83cm de comprimento. Ela apresentava contornos parcialmente definidos, atenuação e realce heterogêneos. Devido à grande extensão da massa que se encontrava na porção final da vagina até o corpo uterino, juntamente com a compressão intestinal presente, foi avaliado o risco cirúrgico e decidido que a cadela seria submetida a cirurgia para remoção da massa, associada à realização de ovariohisterectomia (OVH). Realizou-se a OVH associada a osteotomia isquiopúbica para acesso a todo assoalho vaginal e ressecção do mesmo até altura do óstio uretral. Para a rafia da musculatura foi utilizado uma tela de polipropileno para proporcionar suporte estrutural durante o processo de cicatrização. O paciente foi liberado após um período de 7 dias de internação, apresentando excelente condição clínica, o que atesta o êxito do procedimento.
Palavras-chave
Palavras-chave: Neoplasia vaginal. Tomografia computadorizada. Cirurgia. Tela de polipropileno.
Área
Cirurgia
Instituições
Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Yuri Silva Alves, Pedro Henrique Fogagnoli Bartelega Pereira, Maria Luiza Azevedo de Sá, Ana Carolina Souza Campos