11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

USO DE MEMBRANA DE HIDROCOLÓIDE ASSOCIADO AO FECHAMENTO EM FIGURA GEOMÉTRICA DE FERIDA EXTENSA NO PESCOÇO – RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

O uso da cirurgia reconstrutiva advém da precisão de fechar defeitos decorrentes de traumas, reparar alterações congênitas ou posterior à ressecção de neoformações (1). A membrana de hidrocolóide é uma opção de curativo para lesões que não apresentem intensa produção de exsudato ou presença de infecção no leito da ferida (2). Um cão, macho, SRD, 16 kg, 6 anos foi atendido no Hospital Veterinário com ferida de aproximadamente 30 cm em região ventral de pescoço de etiologia desconhecida, porém, devido ao aspecto da lesão suspeitou-se de picada de aranha marrom (Loxosceles sp.). Inicialmente realizou-se tricotomia e limpeza da ferida de medida 26,0 x 10,0 cm com Solução de NaCl a 0,9% e Clorexidina Degermante, seguida de bandagem não aderente com clorexidina pomada e açúcar cristal realizada por 7 dias. O paciente permaneceu internado para troca diária de curativo e após melhora do aspecto da ferida (15,0 x 7,0 cm) instituiu-se o uso da membrana de hidrocolóide com troca a cada 5 dias. Após 20 dias de tratamento a ferida reduziu significativamente (13,0 x 5,0 cm) e apresentou formação de tecido de granulação, porém devido a sua extensão optou-se pela cirurgia reconstrutiva. Com o paciente em decúbito lateral foi realizada antissepsia, debridamento para escarificação da lesão com lâmina de bisturi, após, a pele adjacente à ferida foi divulsionada para liberação completa do tecido e iniciou-se a síntese em fechamento de figura geométrica retângulo, com suturas iniciando em cada vértice do defeito e se convergindo para o centro promovendo a síntese da ferida. A redução de espaço morto foi realizada com sutura de Walking com Poliglecaprone 25 2-0, e utilizou-se dreno de Penrose para drenagem de exsudato. A dermorrafia foi realizada em padrão simples separado com fio inabsorvível (Nylon) 3-0. No pós-operatório foi realizado curativo compressivo com troca a cada 48 horas. O paciente foi mantido internado e no 5º dia apresentou deiscência de sutura em região cranial e caudal da ferida, assim, iniciou-se o uso de membrana de hidrocolóide para favorecer o fechamento da ferida. Após 14 dias de uso da membrana a ferida apresentou evolução favorável, 20 dias após o uso da membrana de hidrocolóide o paciente apresentou recuperação total da área lesionada evidenciando o sucesso da membrana no tratamento de feridas, bem como nas complicações das cirurgias reconstrutivas.

Palavras-chave

Cirurgia reconstrutiva, deiscência, bandagem compressiva, membrana hidrocolóide

Área

Cirurgia

Instituições

UniSALESIANO Araçatuba - São Paulo - Brasil

Autores

Giovanna Torres dos Anjos, Teofane Sneider Cordoba, Josiane Morais Pazzini, Tatiane da Silva Poló