11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

VÓLVULO INTESTINAL DECORRENTE DE PERFURAÇÃO E AVULSÃO DE MESENTÉRIO COM ENTEROANASTOMOSE JEJUNO CÓLICA EM CÃO

Resumo para avaliação

Torção ou vólvulo intestinal são patologias incomuns em pequenos animais devido a seus anexos mesentéricos serem curtos, sendo assim o jejuno a região mais acometida devido à sua maior área mesentérica. Diversas são as causas destas patologias, sendo as principais as rotações excessivas durante o movimento fisiológico e peristaltismo, que levam à obstrução mecânica e estrangulamento das alças intestinais, culminando em isquemia e obstrução luminal. Quando ocorrido no segmento jejunal do intestino, têm-se o comprometimento circulatório por anóxia da artéria mesentérica cranial e seus respectivos ramos, e ainda, possível endotoxemia devido à lesão endotelial do intestino, podendo o paciente evoluir assim, para um quadro de choque séptico. Desta forma, as torções intestinais são tratadas como emergências cirúrgicas. Foi atendido na Clínica Veterinária Univet um cão, macho, de 10 meses de idade, sem raça definida, com quadro de vômito, inapetência e prostração há 3 dias. O paciente encontrava-se em choque séptico no momento do atendimento, com hipotermia, hipoglicemia e hipotensão, e em fast abdominal (a-fast) constatou-se peritonite difusa, ausência de motilidade intestinal e disposição anormal das alças com perda do fluxo vascular. O animal foi assim encaminhado para celiotomia exploratória imediata, onde observou-se rompimento dos ramos da artéria mesentérica cranial e mesentério da região desde porção média de jejuno à porção final de íleo, necrose e edema intenso da região intestinal em questão, que fazia duas voltas em torno delas mesmas após passarem pela região de rompimento mesentérico. Não foram observados corpos estranhos ou perfurações intestinais, porém não foi excluída a possibilidade de passagem de corpo estranho perfurante devido à paciente ter ingerido material estranho alguns dias antes da admissão. Devido à intensa necrose e ausência vascular nesta região, realizou-se enterectomia do segmento inicial de jejuno ao segmento inicial de cólon ascendente, sendo necessária assim a remoção cecal, seguida de anastomose término-lateral entre o intestino delgado e intestino grosso com fio polidioxanona (PDS) 3-0. Devido à síndrome do intestino curto, paciente foi acompanhado por nutricionista, onde atualmente mantém manejo alimentar para esta comorbidade, sem complicações pós operatórias.

Palavras-chave

Palavras-chave: enterectomia, anastomose intestinal, choque séptico, ruptura intestinal, cão.

Área

Cirurgia

Instituições

UFMG - Minas Gerais - Brasil

Autores

Amanda Oliveira Paraguassú, Philipe Macedo Silva Costa , Romim Gilberto Dias, Verônica Costa, Rodrigo Brandão Oliveira, Bruna Maia Rocha, Maria Júlia Conrado Ferreira, Andressa Aparecida Rodrigues Baião