11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

AUTO-IMPLANTE ESPLÊNICO EM UM FELINO – RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

O auto-implante esplênico é uma alternativa para manter as funções do baço quando a cirurgia de esplenectomia total é inevitável. A técnica consiste na fragmentação do tecido esplênico e inserção no grande omento. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de auto-implante esplênico em um felino. Foi atendido um felino, SRD, 7 meses de idade com queixa de trauma por queda. Ao exame físico emergencial paciente apresentava hipotensão (pressão arterial sistêmica 70 mmHg), taquipneia, frequência cardíaca 200 bpm, glicemia 125 mg/dL, temperatura retal 37,7°C, anisocoria, epistaxe bilateral leve, dor abdominal moderada e escoriações em região de face. Exame complementar de ultrassonografia abdominal foi realizado demostrando presença de líquido livre cavitário em junção cistocólica e esplenorrenal. Foi realizada abdominocentese no momento do exame que acusou a presença de sangue. Paciente foi encaminhado para celiotomia exploratória de emergência. Após adequado preparo anestésico e antissepsia de rotina, paciente foi posicionado seguido da aplicação de campos operatórios. Realizou-se incisão em linha média pré-retro umbilical para acesso a cavidade abdominal. O baço foi localizado e apresentava múltiplos focos de hemorragia, dessa forma paciente foi submetido a esplenectomia total através da ligadura dupla dos vasos esplênicos com fio poliglecaprone 3-0. Após a esplenectomia, fragmentos de 1 cm do baço foram removidos do órgão e implantados no omento maior. O fechamento da cavidade abdominal foi realizado de forma convencional. No trans-operatório paciente realizou transfusão de sangue total e infusão de noraepinefrina para controle da pressão com ajustes até sua estabilização. No pós operatório paciente foi medicado com cefalotina (30 mg/kg/TID/5 dias), Tramadol (2 mg/kg/TID/5 dias), Dipirona (25 mg/kg/BID/5 dias) e fluidoterapia (Ringer com Lactato/EV). Paciente apresentou boa evolução pós-operatória com estabilização dos parâmetros fisiológicos. Após 24h da cirurgia, foi realizada nova ultrassonografia que demonstrou ausência de hemorragia. Após 6 meses do procedimento paciente foi reavaliado clinicamente e foi realizado novo exame de ultrassom que apontou a presença de numerosas formações no omento medindo entre 1,0 a 1,5 cm com vascularização ao Doppler colorido. Conclui-se que a realização do auto-implante de baço no felino acima descrito foi efetiva e permite a manutenção parcial do baço, verificando-se que houve neovascularização e provavelmente conservando sua função.

Palavras-chave

baço, implante, esplenectomia

Área

Cirurgia

Instituições

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - Maranhão - Brasil

Autores

LYGIA SILVA GALENO, VICTOR HUGO AZEVEDO CARVALHO, GABRIELA SANTOS DE SOUSA, ÍTALO MARCELO REIS SILVA, CELIZ DE SOUSA PEDROSA, ELZIVANIA GOMES DA SILVA, KEROLAY BIANCA LAMÊGO DE FRANKLIN, TIAGO BARBALHO LIMA