11º Congresso Brasileiro de Ensino e 4º Simpósio de Especialistas

Dados do Trabalho


Título

MELANOMA AMELANICO EM SEIO FRONTAL DE CÃO JOVEM - RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

Melanomas são tumores malignos que acometem majoritariamente cavidade oral, junções mucocutâneas e pele de cães, sendo raramente relatados primariamente em cavidade sinusal. Tais tumores são originados de melanócitos que são capazes de formar quantidade variável de pigmento, quando há pouca produção de melanina, tem-se a forma mais agressiva deste tumor. O presente trabalho objetiva relatar o caso de um cão, fêmea, da raça Blue Heeler, de dois anos de idade encaminhada para atendimento na clínica veterinária escola da PUC-PR apresentando aumento de volume em seio frontal de consistência firme com leve exoftalmia de globo ocular esquerdo com citologia sugestiva de neoplasia mesenquimal maligna. Após avaliação tomográfica, a paciente foi submetida a tratamento cirúrgico de exérese tumoral, eletroquimioterapia transcirúrgica com bleomicina IV 5mg/m², e reconstrução da face com placa de titânio. A avaliação histopatológica foi sugestiva de sarcoma fusocelular pouco diferenciado, enquanto a imunohisotquímica confirmou a neoplasia como melanoma amelânico. A paciente foi então submetida a tratamento quimioterápico com Carboplatina 300mg/m² após análise ONCOMAPA (painel de análise de 96 genes pela técnica de RT-PCRqt - Pmed-canino). Concomitantemente paciente passou por radioterapia e posteriormente imunoterapia com OncoTherad. O acompanhamento periódico da paciente foi realizado através de exame clínico e avaliação tomográfica de crânio e campos pulmonares. Conforme agressividade da neoplasia e piora do quadro geral do animal devido à recidiva tumoral, infiltração neoplásica do sistema nervoso e metástases pulmonares, foi realizada a eutanásia da paciente, gerando a sobrevida de 320 dias. O melanoma é raramente descrito no seio frontal de cães, a ausência de pigmento e sua indiferenciação neoplásica representaram desafio diagnóstico no presente caso, fazendo necessário a avaliação imunohistoquímica para confirmação diagnóstica. A aplicação de diferentes modalidades terapêuticas, quimioterapia guiada pelo ONCOMAPA, radioterapia e imunoterapia permitiram aumento da qualidade e expectativa de vida da paciente, permitindo 6 meses livre de doença e 10 meses de sobrevida.

Palavras-chave

Melanoma Amelânico, Seio Frontal, imunohistoquímica, ONCOMAPA.

Área

Oncologia

Instituições

Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Beatriz Boeing Costa, Ana Paula Burgos, Henrique Erick da Luz, Lyana Costa, Guilherme Campos, Nathálya Straub da Cunha, Letícia Maria Leal, Jorge Luiz Costa Castro